Caso Bernardo: MP pede que Cremers reveja processo que autorizou Leandro Boldrini a seguir atuando como médico

Caso Bernardo: MP pede que Cremers reveja processo que autorizou Leandro Boldrini a seguir atuando como médico

Foto: Rafael Menezes

Em novembro, antes de voltar para a prisão, médico foi flagrado em um Centro de Formação de Condutores, onde foi renovar a carteira de motorista

O Ministério Público (MP) enviou uma petição de habilitação ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) para participar do processo ético-disciplinar do médico Leandro Boldrini, que cumpre pena no regime semiaberto pelo assassinato do filho Bernardo Boldrini, 11 anos, ocorrido em 2014 em Três Passos, no Noroeste do Estado. O réu foi condenado pelo júri popular a 31 anos de prisão pelo crime. A decisão está em grau de recurso. 


Em novembro deste ano, Leandro foi absolvido em um processo disciplinar conduzido pelo Cremers, o que possibilita que ele continue atuando como médico, com habilitação em cirurgia geral. A intenção do MP é que o Cremers reveja o processo que o autorizou a seguir com o registro profissional ativo. A apuração interna da entidade de classe concluiu que Leandro não cometeu nenhuma infração prevista no Código de Ética Médica.


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Para poder participar da decisão, a argumentação do Ministério Público é que somente a instituição pode representar Bernardo no Cremers, já que as representantes diretas dele, a mãe e a avó, já faleceram.


- O MP se habilita no processo ético-disciplinar por entender que a absolvição de Leandro Boldrini, condenado pelo júri popular pelo homicídio do filho Bernardo Boldrini, tendo para isso utilizado de seu conhecimento e condição de médico, permitindo com isso que ele continue a exercer a medicina, deve ser revista, porque impensável que alguém que tenha agido dessa forma possa continuar sendo responsável pela vida de pacientes - diz a promotora Alessandra Moura Bastian da Cunha, coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim).


Segundo Alessandra, o Ministério Público é a única possibilidade de que Bernardo, nesse caso, tenha representação e voz, uma vez que não tem mais ninguém que possa representá-lo no Cremers.


De volta à cadeia


Em novembro deste ano, Leandro Boldrini voltou a cumprir pena em regime fechado no Presídio Regional de Santa Maria. Embora ele tenha progredido para o semiaberto em julho e passado cerca de quatro meses em casa, com tornozeleira eletrônica, a Justiça entendeu que o réu não trabalha. Assim, ele deve permanecer no presídio sem direito a sair durante o dia. 


No mesmo mês, o médico obteve autorização judicial para participar de uma seleção de residência médica na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Se aprovado, ele poderá trabalhar e receber um salário durante a residência, que funciona como um curso de especialização na área médica. 



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